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É possível um tratamento ortodôntico sem desconforto?
Qua, 02 de Setembro de 2009 17:35

Dr. Gerson I. Köhler (CRO 3921 – PR)

Existem vários métodos para controle do desconforto e de eventuais  dores que possam ser sentidas  durante um tratamento ortodôntico. É difícil prometer uma terapia sem que haja sequer um mínimo desconforto, mas já não é mais necessário ter medo ou sofrer dias sempre que “apertar” o aparelho.

Um ponto importante a ser levado em consideração é a sensibilidade à dor que cada pessoa tem, ou seja, o quanto ela consegue suportar. Isso é fundamental para definir o máximo de pressão que será feita sobre os dentes sem transtornar o paciente. Importante é especialista saber avaliar o limiar de sensibilidade ao desconforto de cada paciente.

A correção/normalização das arcadas dentárias é feita graças à remodelação dos ossos que contém os dentes. Isso causa, em princípio, uma inflamação - transitória, sempre controlada - do periodonto (o entorno dos dentes) , que pode gerar desconforto, variável em intensidade, geralmente mais prevalente  nas 24 horas seguintes aos ajustes e ativações do aparelho normalizador (corretivo). Alguns autores afirmam que a parte psicológica também tem influência, dependendo da pré-disposição do paciente em sentir ou não desconfortos frente à nova situação.

O controle das sensações desconfortantes - quando presentes -  pode ser feito por métodos famacológicos ou não. Estas alternativas de proporcionar confortabilidade englobam - também - outras  possibilidades que não medicamentosas, tais como uso de laser de baixa potência, de TENS – estimulador nervoso elétrico transcutâneo –, e também de um correto entendimento do paciente sobre sua nova situação bucal e dos cuidados necessários, principalmente nos três primeiros dias de tratamento.

São os fármacos, no entanto, os mais utilizados para combater as dores (se presentes), principalmente os anti-inflamatórios não-esteroides, pois não chegam a atrapalhar - pelo uso por poucos dias -  a movimentação dos dentes. Em nossa rotina de trabalho clínico costumamos prescrever o uso de medicação analgésica nos três primeiros dias após instalar o aparelho. Além disso, mantemos contato com o paciente no início do tratamento (dia seguinte) para descobrir qual seu nível de sensibilidade à dor e/ou desconforto, fato que balizará, na sequência,  toda a terapia normalizadora/corretiva (das anomalias dentofaciais) que se inicia.

Esse é um ponto extremamente subjetivo e que individualiza o tratamento, pois não há uma conclusão definitiva sobre grupos que sejam mais ou menos sensíveis aos desconfortos do tratamento ortodôntico. Já foram efetuados inúmeros estudos científicos sobre a questão, mas os resultados divergem, o que torna essencial a análise particular de cada caso. Cada paciente é um paciente e necessita de cuidados individualizados para transitar pelo tratamento ortodôntico sem qualquer sofrimento. Pelo contrário, com alegria e otimismo pelas mudanças benéficas que terá, tanto funcionais quanto estéticas.

 

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